Prova de vinhos Herdade do Cebolal

Meus caros,

Um breve resumo do que foi mostrado ontem na prova de vinhos Herdade do Cebolal, na Garrafeira Imperial.

Vinhos em prova:

  • Herdade do Cebolal Rosé 2015
  • Herdade do Cebolal, Branco de Castelão 2015
  • Herdade do Cebolal, Branco 2016
  • Herdade do Cebolal, Branco 1999
  • Herdade do Cebolal, Branco 1998
  • Herdade do Cebolal, Xisto Tinto 2014
  • Herdade do Cebolal, Calcário | Xisto Tinto 2014
  • Herdade do Cebolal, Calcário Tinto 2014

O Luís Mota Capitão é um comunicador, é dos poucos que nos faz ficar sentados a ouvi-lo sem percebermos que o tempo vai passando. Por incrível que possa parecer não há assim tantos produtores a conseguirem fazer passar a sua mensagem desta forma, fluída e interessante.

Os seus vinhos são cada vez mais uma expressão de ideias e intenções completamente acertadas e refrescantes. Os seus vinhos não são teimosia errada, não são insistência inconsequente, não são caprichos “pseudo-irreverentes”.  Percebemos o que ele quer ver nos seus vinhos… Percebemos que ele está a conseguir fazer o que quer dos seus vinhos.

A sua intervenção na vinha, aquilo que ele quer ver acontecer na Herdade do Cebolal, está modelado na personalidade singular dos seus brancos, rosés e tintos. Todos são harmoniosos, precisos, e melhor que tudo, têm todos a sua dose de personalidade, sem muito lugar para semelhanças ou equivalências com outros.

O branco de castelão e o rosé, são elegantes, mostram presença, mostram corpo bastante redondo… Não são vinhos de estrutura curta. Contudo, todos eles são polidos, leves, frescos, numa mistura de totalidade com graciosidade. Gostei bastante.

Os brancos velhos são a confirmação daquilo que daqui a 20 anos iremos ter, contando, é certo, com pessoas como o Luís a trabalhar os brancos de hoje.

Os seus tintos falam muito. É espectacular o propósito de criar a partir do mesmo ano e com as mesmas castas, três vinhos transversais a dois terroirs. Um vinho vindo de xisto, outro de calcário, e outro da transição xisto/calcário. Alguns de nós vão preferir um, outros vão preferir outro… Não será consensual nem me parece que deva ser. Fica o agradecimento ao Luís pela capacidade de, em três vinhos tintos, nos fazer percorrer a Herdade do Cebolal, viajando pelos seus traços e particularidades.


Saúde,
Dr. Ribeiro

 

 

 

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