Por vezes pode ser do vinho… Por vezes pode não ser do vinho e ser de onde ele tem andado até chegar a nós. Num vinho de 2004 as condições de guarda podem ser a diferença entre dinheiro bem empregue ou não.

Deste C.C. não sei nada e quem sabe se não está aí parte do problema.

Sei que o Vinha da Costa 2004 esteve na minha cave largos anos, creio que desde que foi lançado, sei que foi um dos grandes vinhos que provei em 2019. Este C.C. 2004 ficou longe desse patamar.

Não conseguiu mostrar “mais-valias” ganhas desde 2004 até hoje. O outro ganhou e mostrou… E de que maneira.

Aroma já a mostrar dano do tempo, o corpo atinge um patamar ligeiramente superior à performance aromática, ainda assim, aquém do que eu idealizei.

Aroma já com dano do tempo, terroso, erva seca, notas vegetais, balsâmico em maioria, ligeiro brett, agradável apenas se aceitarmos este último detalhe. Corpo melhor que o nariz, ainda dá boa presença, ainda mostra firmeza em boca, largo, centro de boca médio, outra vez a mostrar ligeiro brett, madeira mais presente em boca que no nariz, áspero em todo o corpo e com ligeiro amargo final, ainda com nervo mas também com harmonia no limite. Acidez melhor que os taninos, sendo estes dois são os melhores indicadores deste tinto. Final médio/longo.

Castas: Castelão Nacional e Cabernet Sauvignon