Uma forma rápida de contar o que aconteceu com este vinho, é falar de tempo.

Quando compramos vinhos Quinta de Lemos, compramos vinhos com uma incomum dose de tempo, qualquer vinho deste portefólio é um vinho que usa o tempo, dez anos não são nada nestes vinhos e o tempo é marca em qualquer referência deste portefólio.

Mas o tempo é o tempo, e o tempo é exigente com todos os vinhos, até com os Quinta de Lemos. Vinhos como estes, vinhos que usam e precisam do tempo, também podem sofrer com aquilo que o tempo faz.

Este vinho sofreu às mãos do tempo, e não deu uma boa prova… Nada que me faça desistir destes vinhos, eles já me deram provas suficientes de que a excepção à regra, até agora, talvez tenha sido só esta prova.

Aroma com algum dano do tempo e com teor alcoólico a castigar muito o conjunto, tudo já maioritariamente terciário, tons terrosos, mogno, algumas nuances herbáceas e vegetais, mas muito suaves, volátil exibido já numa zona má.

Corpo com estrutura média, amplitude boa num vinho que é alargado pela intensidade da acidez, centro médio, conjunto sem grande harmonia, algum atrevimento, algum nervo, mas tudo desligado, falta-lhe firmeza que consiga aguentar esse nervosismo, a acidez e os taninos aparecem em intensidade alta, mas desligados de tudo o resto.

Acidez boa, mas em intensidade superior aos restantes atributos, taninos com presença semelhante, final médio.

Castas: 60% Touriga Nacional, 20% Tinta Roriz, 20% Jaen

Ficha Técnica 2010: https://quintadelemos.com/product/pt/11/81/Dona+Louise/2010

Vinhos Quinta de Lemos: https://quintadelemos.com/home/pt/

Saúde,
Dr. Ribeiro