Este Touriga Nacional foi o meu segundo vinho desta gama de monovarietais da Quinta do Crasto, depois do Tinta Roriz 2011… Mas já não irei ao Touriga Franca.

Colheitas de 2011 e 2012, neste patamar de preços, deveriam aparecer agoram em 2020 em grande forma. A expectativa para estes dois vinhos era grande e na verdade ficou um espaço enorme por preencher entre aquilo que estes vinhos me custaram e aquilo que estes vinhos me mostraram. Como noutros, há um hype em torno deles e talvez tenha sido esse hype que me levou também a procurá-los. Consequência do poder de imagem que alguns vinhos têm.

Dificilmente voltarei a procurar estes vinhos, há opções mais baratas e mais capazes de nos darem provas especiais.

Este Touriga Nacional ainda assim aparece mais cativante que o Tinta Roriz, este último mostrou doses exageradas de presença de madeira que tornavam a prova pesada para além de alguma dificuldade em ligar atributos, o que nunca se esperaria num vinho daquele preço.

Há mais acerto neste Touriga Nacional, isso é um facto, fica é a faltar qualquer coisa mais do que correcção, porque correcção é o que se esperaria dele.

Aroma com alguma contenção na intensidade, tons florais, herbáceos, fruta vermelha, frutos secos, pinho seco. Corpo largo, centro de boca médio, acidez boa a conseguir alargar o vinho, tem alguma energia, tem alguma vida e tem correcção, mas na realidade ficamos à espera de mais. Taninos muito bons, acidez muito boa, final médio/longo.

Castas: Touriga Nacional

Ficha Técnica 2012: indisponível

Vinhos Quinta do Crasto: https://www.quintadocrasto.pt/

Saúde,
Dr. Ribeiro