Post rápido.

Muito boa apresentação aromática, o corpo mostra diferença e cativa, bastante até, mas na verdade o aroma seduz um pouco mais e depois de o provar, várias vezes, voltei sempre ao início, voltei sempre a encostar o nariz ao copo como se fosse o primeiro copo.

Aroma a mostrar ligeiro amadurecimento e muita riqueza de conjunto. O corpo mostra uma derivada interessante do Alfrocheiro quando o comparo com outros Alfrocheiros, este Quinta dos Roques diverge para zonas mais polidas e macias, na ponta final notamos um ligeiro nervo de fundo que torna o conjunto diferente e com identidade, este tinto balanceia muito bem esse conjunto leve, quase delicado e macio, com uma ponta final que não esconde traços de Alfrocheiro.

Aroma a mostrar um vinho já ligeiramente amadurecido, fruta preta carregada, amora em tons intensos a par de alguns tons herbáceos, mentol, fundo terroso, terra húmida, madeira molhada, pinhal, eucalipto, ligeiro balsâmico e ligeira tosta, tudo ligado, tudo moderado, conjunto rico, com alguma profundidade e muita diferença.

Corpo a fugir do Alfrocheiro que pode ser rude e áspero, este conjunto é macio, com fruta preta madura bem presente em boca também, compota de amora, conjunto cheio q.b., centro de boca com perfil leve e muito macio de textura, amplitude média/alta, centro de boca médio/alto e conjunto longo, presença em boca muito equilibrada, energia em níveis médios, ímpeto controlado, equilíbrio máximo num conjunto que puxa mais à ponderação, estrutura cheia q.b., ponta final a mostrar ligeiro nervo de fundo, toques de Alfrocheiro bem sentidos mas com o conjunto a ligar muito bem essas zonas de maciez e leveza que depois contrastam com esse nervo final.

Acidez muito boa, taninos ainda melhores, final longo, muito por culpa desse nervo de fundo que ajuda a esticar o vinho em boca e que nos pede comida.

Castas: Alfrocheiro

Ficha Técnica 2014: Indisponível

Vinhos Quinta dos Roques: quintaroques.pt

Saúde,
Dr. Ribeiro