A primeira noção mais importante de uma prova é: Ter sempre em máxima consideração a segunda noção mais importante de uma prova.

A segunda noção mais importante de uma prova é: O gosto pessoal deve ser sempre colocado em quinto lugar, nunca em quarto ou terceiro, nunca em segundo e muito menos em primeiro.

A terceira noção mais importante de uma prova é: Ter sempre presente a segunda noção mais importante de uma prova, ou seja, partir para a leitura de um vinho sem lhe associar a subjectividade do gosto pessoal.

A quarta noção mais importante de uma prova é: Idealmente, não deveria haver qualquer tipo de ligação a quem fez o vinho em prova, para que a subjectividade do gosto pessoal não seja ainda maior e a prova totalmente enviesada.

Em quinto lugar, depois da prova, podemos aplicar o gosto pessoal e desfrutar.

Tanta coisa apenas para dizer que, o “novo” Elpídio Cuvée Bruto 2013 foi provado ao mesmo tempo do Quinta de S. Lourenço Bruto 2008 (mas deste falaremos mais tarde). O primeiro, pelo que mostrou, é para mim uma das coqueluches dos espumantes bairradinos. Tivesse persistência final mais prolongada e era uma das grandes coqueluches dos actuais espumantes bairradinos.

O Elpídio Cuvée 2013 é um vinho que se comporta muito bem em prova, sem enviesamentos de gosto pessoal. O Quinta de S. Lourenço 2008 (deste falaremos mais tarde), é um vinho que pelo que vi, em alguns, se comporta melhor no gosto pessoal.

Em relação ao Elpídio, mostra aroma com conjunto fino, fresco e delicado. Corpo com boa estrutura, é um espumante que mantém a finura em boca, precisava de um final igual aos restantes atributos.

Aroma com conjunto bastante elegante e completo, com frescura cativante assente em tons minerais e herbáceos, hortelã e também alguma maçã verde suave. Corpo com estrutura completa, bolha bem presente mas fina, a conferir leveza, elegância e energia q.b., textura fluida. Acidez em bom nível e final com “a tal” persistência média.

Castas: Sauvignon (60%) & Baga (40%)