Ilustres,

A minha casa de fados favorita, de Lisboa: Coimbra Taberna.

É magnifico poder encontrar longe de Coimbra quem nos ajude a matar saudades de casa, e não é errado afirmar que para 99.999% dos seus antigos alunos, Coimbra será sempre casa.

Aquele fado aquece o coração, arrepia-nos a espinha, costas e braços.

Este espaço de que vos falo está extremamente acolhedor, com staff simpático, e caso afinassem um pouco mais a carta de vinhos e os seus preços, seria alvo de comentários bem mais expansivos do que estes que aqui deixarei.

Gostei de tudo ali, e tanto nos “safamos” se formos para jantar como se formos para petiscar. A comida é boa, passamos ali um bom bocado sem nos apercebermos da rotação dos ponteiros do relógio, mas mais prazeroso seria caso a carta de vinhos fosse alvo de maior e melhor atenção. Faltam ali algumas referências de bons vinhos portugueses e sobretudo faltam muitas referências de bons espumantes portugueses.

Estamos a falar de casas maioritariamente viradas para o turismo, o que as torna quase sempre caras e em alguns casos até pouco imaginativas e preocupadas. Em muitos sítios de Lisboa os turistas apenas ali caem continuadamente e não é preciso fazer muito, ou ser muito bom, para se ter uma clientela estrangeira fixa. Há exemplos gritantes onde se nota mesmo que o negócio funciona, apenas porque estão na rua certa.

Não é o caso da Coimbra Taberna, porque realmente se nota que é uma casa com algumas ideias, mas também se nota que perde a oportunidade de dar a conhecer produtos nacionais de qualidade, sobretudo vinhos, e isso deixa-nos um pouco irrequietos.

No entanto, é uma casa capaz de nos fazer lá voltar várias vezes. Passem por lá.

Saúde,
Dr. Ribeiro